Todo mês em que haviam aniversariantes que alcançavam a maioridade, havia festa no dia de lua cheia para a transformação. Todos se reuniam na clareira, assavam a carne de caça que os machos caçavam no dia anterior e faziam vários petiscos para passarem a noite se divertindo.

À meia-noite, exatamente, o Alfa uivava e havia a transformação. Depois, ele deu início à caçada, que nada mais era do que aqueles machos que identificavam suas companheiras, correndo para as pegar. Um ritual de acasalamento que fazia parte da vida dos lupinos.

Nesta noite em especial, Saulo estava ansioso esperando sua fêmea chegar. Era a noite da confirmação e Soul também não parava dentro de sua cabeça. Havia pedido para sair, ser banhado com shampoo e escovado. Queria estar garboso para sua companheira.

Só que o tempo passou, a hora chegou e ele não a viu.

— Onde ela está?

— Eu é que sei? Vai ver, ela está com receio de ficar no meio de tanta gente e ser atropelada.

— Pode ser, acho que ela não sabe que somo