- Como vocês já ficaram a par do que realmente aconteceu... – olhei no relógio – Podem se retirar da minha casa, por favor.
Os dois me olharam, surpresos enquanto eu me dirigia à porta.
- Mas... Viemos de longe. Onde vamos ficar? Não podemos voltar a esta hora. – Breno reclamou.
- Isso não é da minha conta. A casa era de Salma, agora não é mais. Como vocês mesmo disseram, ela “bateu as botas”... “Descansou a periquita”. – Repeti as frases ridículas deles.
- Que porra, achei que ficaríamos ricos. – Breno falou num tom de voz alterado, batendo o pé no chão.
- Com o dinheiro que Salma poderia ter economizado? – eu ri, sarcasticamente – Ela era uma simples dançarina de boate. Ninguém enriquece desta forma.
- Mas já li sobre garotas de programa que ficaram ricas, com clientes importantes, como juízes, CEO’s, políticos. – Anya disse.
- A questão aqui é que Salma não era garota de programa. E nem tem como vocês saberem, porque não participavam da vida dela – abri a porta – Amanhã eu vou leva