Salma arqueou a sobrancelha, encarando-o:
- Você... Não é um dos dançarinos homens, não é mesmo?
- Não... Sou só o barman. – Ele sorriu.
Ela sentou no sofá, com as pernas para cima, abrindo espaço para nós:
- Desculpe um sofá de três lugares apenas... Mas somos três por aqui. – Sorriu, explicando-se.
Ele sentou e eu puxei uma das poltronas, pois achava estranho conversar com ele e Salma estando nós três um do lado do outro, tendo que olhar para os lados. Acho que às vezes eu tinha certos TOC’s também, como o senhor Allan.
- Vocês trabalhando juntos e não se conhecem? Que louco!
- Bem, ela que não me conhece. Eu... A conheço. – Ele enrugou a testa, olhando para ela.
- Claro... Quem esqueceria a ruiva linda da caixa de vidro? – percebi o olhar dele para ela, de admiração.
Ok, eu posso ser um cupido. E faria duas coisas perfeitas: arranjar um homem legal para minha melhor amiga e ao mesmo tempo fazê-lo desistir de mim. Afinal, eu não queria fazê-lo sofrer, pois Daniel era um homem legal.