Fiquei ali, ouvindo os gritos e sabendo que amanhã ela fingiria que nada daquilo aconteceu e ainda tentaria justificar as atitudes de Úrsula.
Virei-me e olhei Cheshire sentado no chão, me olhando, o rabo levemente curvado, a pontinha branca fazendo com que não fosse confundido com a noite.
O peguei no colo e levei-o comigo enquanto voltava para casa:
- Não acho que vale a pena entrar aí esta noite, Cheshire. Ela não poderá lhe dar carinho, porque chorará a noite inteira. Então vamos para minha casa.
Entrei em casa e mamãe e vovó estavam na sala, assistindo um filme na televisão. Observei-as sentadas confortavelmente, bebendo um chá e fiquei pensando porque todos não podiam viver daquela forma.
- Tudo bem? – minha mãe me olhou.
- Dona Úrsula não deixou Tayla sair. – Avisei – Então... Vou dormir