Mas isso nunca iria acontecer. Não depois de tudo que eu fiz. Não depois de tudo que ele fez. Então amanhã eu iria acordar, colocar minha máscara de podcaster implacável e continuaria minha vingança. Porque se não podia tê-lo, pelo menos garantiria que ele nunca me esqueceria.
Naquela manhã acordei com uma mensagem que fez meu café ficar ainda mais amargo: teríamos que mudar de estúdio. De novo.
As mudanças já eram rotina, afinal, um podcast que cutucava egos de homens não podia ficar muito tempo no mesmo lugar. Mas dessa vez, o aviso veio com um tom de urgência que me fez engolir seco:
- Temos que sair ainda hoje. – Dionísio Makarova fora enfático.
Nem mesmo quando falamos do prefeito naquele episódio sobre sua esposa traída tivemos que correr daquele jeito. Algo estava diferente. Algo tinha