- Dia 98

Acreditei que era responsável pela felicidade deles, e toda minha vida girou em torno de não decepciona-los. E eu falhei. Filhos também falham. Mas, apesar de ter falhado, eu não errei. Não era responsabilidade minha fazer a felicidade deles, por mais que eu tenha abraçado esse desafio da forma mais doentia e autodestrutiva possível.

Até hoje eu sofro as consequências mas, dessa vez, me refaço a cada momento em alguém novo que dá a si mesmo a oportunidade de viver mais leve. De carregar comigo apenas o que me compete e olhe lá, porque a vida é cheia de cargas pesadas demais, muitas vezes desnecessárias, e que, muitas vezes, terão que ser sacrificadas pelo seu bem. Eu sacrifiquei a novão de propósito que tinha da vida, passando a perceber que isso não significava sacrificar a felicidade daqueles que eu amo, mas legitimar a minha.

É louco entender que a dor que a gente carrega

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