Lady Jane Hartford, aos 17 anos, tem tudo, mas ainda não parece ter o suficiente. Sendo filha um juiz muito prestígio, ela está acostumada a evitar chamar atenção, mas tampouco gosta ter que ficar calada e por isso vez em quando discute rapazes como o instigante sr. Hawkins. Quando algo terrível acontece à irmã, ela decide que precisa fazer algo a respeito e toma para si um pseudônimo unissex para publicar suas reclamações: Jude; o que lhe confere certa visibilidade, mas, para o azar dela, não demora muito para que todos fiquem interessados em descobrir a identidade do tal polêmico escritor. Jude & Jane é uma celebração do amor em todos os sentidos. Amor romântico, fraterno e próprio; amor ao conhecimento, à luta e à coragem para dizer aquilo que se sente que deve ser dito.
Ler maisQuando a primeira edição do primeiro livro de Jude Hartford foi publicado, houve uma considerável instabilidade entre os membros da classe intelectual, mas foi somente depois que políticos insatisfeitos decidiram investigar "o tal autor" que ela se tornou realmente famosa, fosse para o bem ou para o mal.
Se você perguntasse a opinião de qualquer um sobre Jude Hartford a esta altura, ouviria uma variedade de teorias escandalosas. Até mesmo aqueles que simpatizavam com suas ideias acreditavam que ela era uma mulher de vinte anos que deveria ter, no mínimo, destruído um ou dois casamentos, trazido vergonha à família por fugir e provavelmente perturbado homens respeitáveis com seu falatório constante.
Ela não negava este último.
A verdade, porém, podia ser decepcionante para aqueles que tão avidamente admiravam seu espírito selvagem e possivelmente para aqueles que tentavam envergonhá-la pelo mesmo motivo. Para entendê-la completamente, era necessário conhecer a história de uma jovem Lady chamada Jane Hartford, filha de Lord John Hartford.
Jane passou grande parte de sua infância na mansão Bridgewood com seus pais John e Georgiana Hartford, sua irmã mais velha Georgiana "Georgie" ou simplesmente "Ge" e o irmão mais novo, Charles.
Ela era uma jovem altamente educada e uma filha respeitosa e amorosa, que também sempre fora querida pelos empregados devido a sua natureza doce.
O que havia para não amar em Jane Hartford?
De fato, esta pergunta parecia não ter resposta, pois ela possuía quase tantos pretendentes quanto sua irmã Georgie, mas aqueles que se atreviam a contradizê-la encontravam uma.
Desde criança, ela tivera uma sede por conhecimento. Quando tinha sete anos, os pais matricularam a irmã num internato e ela implorou para ir junto; principalmente porque não podia suportar a ideia de estar longe de Georgie, mas certamente partir para obter educação tão cedo aumentou o seu interesse.
Aos dezessete anos, muito antes de sequer considerar se tornar uma escritora, Jane já estava acostumada a frequentar os jantares do sr. Bentley, pois ela era amiga de sua filha Eleanor desde que ambas tinham apenas cinco anos. Ela sempre ficara extasiada com a atmosfera intelectual que os Bentley exalavam, mas somente agora que ela havia se tornado uma moça, que isso começara a incomodar ao Lord Hartford. Ainda assim, ele permitia que ela fosse, pois sua esposa insistia que Jane precisava de mais companhias femininas agora que sua irmã provavelmente estava prestes a se casar.
Dada a extensão do interesse cultural e científico dos Bentleys, logicamente, esses jantares eram frequentados por um peculiar grupo de entusiastas e rebeldes, o que era um prato cheio aos olhos de Jane. Uma vez que ela se sentia imersa nesse universo repleto de conhecimento, ela sabia que precisava aproveitar ao máximo, então nunca perdia uma oportunidade de participar de alguma conversa estimulante ou de compartilhar suas próprias ideias. Nunca.
No seu primeiro dia visitando a casa do sr. Bentley, um jovem rapaz chamado Edmund Hawkins aprenderia em breve o quão a sério ela levava tudo aquilo.
Diferentemente de Jane, ele não precisou implorar para obter educação, mas apreciava a oportunidade tanto quanto ela. Estava prestes a se formar em uma escola pública só para meninos e era tão dedicado que, embora não fosse membro das classes mais altas, tinha grandes chances de conseguir uma bolsa de estudos em uma universidade. A parte mais difícil, aparentemente, seria decidir o que ele iria estudar em seguida.
Ele era um rapaz relativamente quieto e, portanto, não costumava procurar por problemas, mas quando seus ideais eram atacados, ele não ficava de cabeça baixa.
– Estás aqui pelo discurso do sr. Blackwood? – perguntou Jane ao se aproximar do rapaz.
Ele pensou que era bem incomum para uma moça de roupas tão refinadas como as dela iniciar uma conversa assim, sem sequer ser apresentada, mas ele a respondeu mesmo assim:
– Sim, eu estou! Ouvi dizer que ele é um ótimo orador e tem verdadeiro compromisso com seus princípios rebeldes – ele sorriu cordialmente. – Estás ansiosa para ouvi-lo também?
Jane franziu o cenho.
– Estou um pouco – ela respondeu. – De fato, eu aprecio as críticas dele à monarquia, mas não creio que ele seja tão revolucionário assim...
– Por que não? – disse o sr. Hawkins, interessado.
Ela deu de ombros, desviando o olhar.
– Bem –, começou Jane –, propor que a melhor solução para acabar com todos os problemas da monarquia é simplesmente extinguir qualquer forma de governo não me parece sequer ser uma solução.
Foi a vez dele franzir o cenho. Edmund não conhecia Blackwood o suficiente para concordar ou não com ele, mas aquela era uma ideia que ele já conhecia há anos e que defendia veementemente. Aquela garota estranha vestida em seda cara provavelmente mal fazia ideia do que estava falando.
– E tu dizes isso baseada em...? – ele indagou em tom de escárnio. – Que filósofo disse isso?
Jane piscou lentamente. Ter sua inteligência subestimada era uma das poucas coisas que seu orgulho não podia suportar e ela sabia que ele estava sugerindo que entendia muito mais do assunto do que ela.
– Oh, eu mesma! – respondeu com um sorriso forçado. – Mas tu não és o único que aprecia uma leitura sofisticada de vez em quando, se é isto que queres dizer.
O sr. Hawkins sorriu de volta e então respondeu:
– Eu não me atreveria a ler algo que classifico como sofisticado porque esta é uma palavra que me lembra dos luxos da realeza. Prefiro ouvir homens sábios e altruístas como Blackwood, que não têm intenção de tomar o poder para si, mas apenas de libertar o povo das garras daqueles que têm.
Jane se encolheu brevemente. Não havia como ele saber que ela era filha de um juiz de alto escalão e ainda assim ele falava como se a acusasse de ser rica.
– Diz-me, senhor, – começou Jane retomando o tom dócil anterior –, realmente acreditas que todos os problemas que enfrentamos atualmente, especialmente os pobres, serão extintos junto com o Estado?
Ele pôs as mãos para trás e cambaleou um pouco, agitado. A maneira como ela falava o deixava mais ansioso que o assunto em si.
– O que eu sei, – respondeu –, é que o homem é egoísta por natureza e, portanto, transforma qualquer forma de governo em tirania, mesmo que as suas ideias iniciais sejam baseadas no princípio da igualdade. Aconteceu em outros países e certamente não será diferente aqui. Portanto, devemos cortar os laços a fim de que tornemo-nos essencialmente livres.
– Precisamente! – ela disse, arregalando os olhos. – O homem é egoísta, talvez não por natureza, mas de fato ele se torna egoísta em algum momento e certamente não irá viver pacificamente se não houver quem o faça viver desta maneira. Ele não aprenderá a viver sob o princípio da igualdade se ninguém ensiná-lo.
Edmund cruzou os braços. Ele havia de admitir que as ideias da jovem não pareciam estar sendo simplesmente repetidas da boca para fora.
– Certo, – ele disse –, como, exatamente, alguém pode ensinar isto?
Jane ergueu o queixo. Era a primeira vez que ele perguntava diretamente a sua opinião embora o tom sugerisse que ela fosse incapaz de dar-lhe uma resposta satisfatória.
– Primeiro, – disse ela de maneira firme –, creio que tudo dependa de uma boa educação; todo homem deve ter as mesmas oportunidades de obter uma educação de qualidade.
Ele assentiu, encorajando-a a continuar.
– Segundo, quem quer que represente o povo deve ser escolhido por ele e sem restrições como renda, gênero ou algo do tipo.
Ele arregalou os olhos sutilmente, mas foi o suficiente para incomodá-la.
Ele não achava necessariamente que mulheres não deveriam votar, mas também nunca havia pensado muito sobre o assunto e por isso fora pego de surpresa.
– O que foi? – ela perguntou, indignada. – Sabes que quando digo "o homem", me refiro a todos os seres humanos, não?
Jane esperou por uma resposta, mas, embora ele tenha aberto a boca diversas vezes seguidas, ele nada disse.
Ela continuou:
– Tu achas a ideia da humanidade vivendo sem regras tranquilizadora, mas pensar em uma mulher educada sendo politicamente ativa é algo absurdo?
Ele piscou repetidamente ainda tentando colocar os pensamentos em ordem.
– Perdão, senhorita. Não tenho a intenção de desrespeitá-la, nem às outras mulheres, mas simplesmente não creio que a maioria delas esteja tão interessada no assunto quanto tu estás.
Ele a observou inclinar a cabeça, encarando-o, e isso o deixou desconfortável.
– Estás interessado em costura? – ela perguntou abruptamente.
Ele ponderou sobre a pergunta por um tempo, mas não conseguiu descobrir onde ela pretendia chegar com ela. Ele então respondeu que não estava.
– É claro que não está, – ela falou –, tu foste ensinado a não se importar com "assuntos femininos" como costurar e as mulheres foram ensinadas a não se importar com política, pois esta é uma preocupação que só cabe aos homens.
Edmund inclinou a cabeça, considerando o argumento.
– Eu admito que tua alegação soa válida, – ele começou –, mas mesmo aqui, hoje, não vejo muitas de teu gênero esperando pelo discurso.
Jane, mordendo o lábio, desviou o olhar e cruzou os braços, pensando no que ele dissera.
– Há muitas mulheres aqui hoje, – ela disse –, certamente não igualam a presença masculina em quantidade, isto é verdade, mas ainda assim elas estão aqui. Por que achas que elas vieram?
Edmund respirou fundo e olhou ao redor.
Aquele diálogo já estava dando-lhe dor de cabeça.
Ele, então, notou que estava escuro e o único grupo de pessoas que estivera ali no jardim o tempo todo com eles estava prestes a entrar na casa.
– Creio que é melhor entrarmos agora – ele sugeriu.
Jane o encarou com uma sobrancelha erguida.
Sem sequer responder sua pergunta, ele já confirmara sua suspeita.
– Estás tentando fugir de minha pergunta, senhor?
Ele engoliu em seco.
À esta altura, os dois estavam separados por apenas um palmo de distância e o olhar dela faiscava de maneira que ele já não conseguia mais desviar dele.
– Sinto muito se a ofendi, senhorita, mas em breve estaremos sozinhos aqui no escuro e tua reputação...
Ela o interrompeu com uma risada.
– É claro! Achas que irei jogar-me em teus braços, é isto? Que irei atacá-lo? – ela perguntou entre mais risadas. – Aposto que pensas que foi para isto que todas estas mulheres vieram, não? Céus, isto é inacreditável!
Edmund estava começando a se irritar com a garota. Estava quase dizendo a ela que não presumisse que ele era um narcisista estúpido quando sua única preocupação era a reputação dela, mas foi interrompido mais uma vez.
– Lady Jane! – gritou um homem baixinho correndo na direção dos dois.
Ela deu alguns passos para trás, distanciando-se o mais rápido possível do sr. Hawkins, que alternou o olhar entre os dois completamente confuso.
– Peço perdão pela interrupção, senhor – disse o homem educadamente. – Lady Jane, Lord Hartford exigiu teu retorno imediato à mansão Bridgewood.
Edmund engasgou ao ouvir aquilo e o homem pareceu se preocupar com a crise de tosse dele.
– Estás bem, rapaz?
Edmund apenas pôs a mão no peito e sinalizou com a cabeça que sim.
O motivo de sua crise foi que ele acabara de perceber que chamara a filha de Lord Hartford, uma Lady, apenas de "senhorita" durante toda a conversa – sem contar que ele, além de conversar com ela sem ser apresentado, por pouco não perdera de vez a paciência com ela e dissera-lhe uns bons desaforos.
– Mas ele havia dito que eu poderia vir! – resmungou Jane com o homem depois de se certificar de que Edmund não estava morrendo engasgado.
– Lord Hartford insistiu que esta é uma questão de urgência. Disse-me que deves voltar antes do jantar devido à presença de um importante convidado.
Jane suspirou e rapidamente se despediu de um atônito Edmund, que ainda ficou no jardim por mais alguns minutos após a partida dela, esquecendo o verdadeiro motivo de sua visita ao sr. Bentley. Seu peito ainda doía da tosse.
Ele nem sequer havia tido a oportunidade de dizer-lhe seu nome, mas logo convenceu-se de que aquilo não faria muita diferença. Duvidava que fosse encontrá-la novamente algum dia e de que ambos fossem lembrar do desagradável e desajeitado diálogo.
Ele, assim como ela, estava acostumado a ter debates deste tipo ao frequentar jantares e reuniões similares; sendo assim, nenhum dos dois considerou o encontro nada além de frustrante.
Nenhum deles percebeu, na época, o quão importante aquela breve discussão seria para o futuro de ambos.
Lord Hartford tirou os óculos de leitura e escaneou a sala. Todos os olhos estavam fixos nele com grande expectativa e cada um tinha um diferente tom, que ele tentou ao máximo decifrar.– Antes que vás, Jane...Ela deu meia-volta.– Sim, meu pai?Lord Hartford deu a volta em sua escrivaninha.Jane observou-o pacientemente até que ele parasse ao seu lado.– Há algo que sempre me perguntei... – ele disse. – Por que não escolheste outro sobrenome?Jane inclinou a cabeça por um instante.Tanto tempo já havia se passado desde que o mundo descobrira sua identidade. Sequer imaginava que o pai ainda pensava nisso.– Decerto é um sobrenome comum, – Lord Hartford continuou –, mas, ainda assim... Foi uma escolha ousada mantê-lo se teu objetivo era permanecer em anonimato, não?Jane sorriu com ternura.
Lord Hartford tirou os óculos de leitura e escaneou a sala. Todos os olhos estavam fixos nele com grande expectativa e cada um tinha um diferente tom, que ele tentou ao máximo decifrar.Primeiro, reconheceu os de Henry Bentley no meio; olhos amigáveis, mas amedrontados. Ao redor dele, um grupo de olhares esperançosos de pessoas que volta e meia davam-lhe um tapinha nas costas, oferecendo algum conforto. O sr. Hawkins também estava perto dele e de um rapaz magrelo que ele nunca havia conhecido. Os dois mordiam os lábios incessantemente.No canto próximo à porta, um grupo de moças dava as mãos e engolia em seco, fechando os olhos por breves momentos como se estivessem em uma conversa silenciosa com Deus.Devido à distância, ele não podia ter certeza, mas parecia que suas filhas estavam entre elas, num forte e ansioso abraço.Na fileira da frente, ele pôde
Eleanor Bentley observou Jane Hartford. Então, olhou para Edmund Hawkins. A amiga e ela haviam acabado de ouvir Lord Hartford dizendo a ele que nunca mais aparecesse na Mansão Bridgewood novamente e ela não conseguia decidir se ficava ali com Jane ou deixava os dois a sós. Ela os encarou mais uma vez. As sobrancelhas de Edmund estavam quase unidas e os lábios de Jane torcidos. Talvez fosse melhor não presenciar a discussão mesmo. –Jane, eu...–ele caminhou na direção delas. –Deixarei que os dois conversem–disse Eleanor antes de dar um apressado abraço em Jane. Assim que Eleanor se afastou o suficiente, Ed parou de frente para Jane e murmurou seu nome outra vez. –Eu não acredito que fizeste isso–sibilou ela. Edmund pensou que ela gritaria com ele, mas ela apenas sussurrava e isso partiu o seu coração. –A única coisa que pedi que não fizesses...&nb
Edmund agora tinha absoluta certeza de sua teoria. Os crimes de Sutton haviam sido perdoados e ele fora libertado da prisão para realizar o plano. Afinal, Murray e os outros precisavam de um profissional, alguém que não os mataria acidentalmente. Após o ataque, o sniper, então, tivera ajuda para escapar do país, como haviam concordado previamente. A colaboração de Sutton na investigação da corrupção nada fora além de uma história inventada para acobertá-los, o que promoveu a popularidade deles entre as pessoas comuns. O objetivo principal do esquema era, desde o começo, dividir a oposição e aumentar seus poderes a partir de uma guerra ao medo que eles mesmos criaram. Ed não podia mais suportar não fazer nada. Jane havia enchido a mente dele com a ideia de fazer a diferençade verdade, pois não sabia que os dois interpretavam essa frase de maneira bem diferente. Ed tentou não quebrar sua promessa e por isso não mencionou nem Jane nem Jude para Lord Hartfo
–Eu sinto muito, sr. Hawkins–disse Lady Hartford tomando um gole de chá.–Era realmente uma emergência. Do contrário, ele teria tido ao menos a cortesia de cancelar a aula. Peço que o senhor o perdoe, pois ele tem muitas preocupações agora com o julgamento tão próximo...Edmund sorriu educadamente.–Eu entendo, Lady Hartford–ele garantiu.–Nem consigo imaginar a pressão que ele deve estar sofrendo desde que o caso chegou ao Tribunal Supremo... Não se fala em outra coisa.–De fato–ela pausou.–Estou bastante surpresa com a maneira como ele tem lidado com isso. Aparenta estar muito paciente quando as pessoas o perguntam sobre, mas Deus sabe o quanto tem perdido o sono como todos os outros! Eu tento acalmá-lo, mas admito que não estou muito melh
A resistência era tímida no começo, mas sua determinação e a união rapidamente a levaram a outro patamar. Philip Millman se sentia culpado por vender o Jornal do Amanhã, então doou todo o lucro da venda para o novo projeto de Thomas Harvey e Henry Bentley: A Voz do Povo, uma revista semanal que informava e atraía as pessoas para as reuniões das quais Murray falava tão mal. Ela dependia principalmente de doações, era impressa no porão de Henry e muitos dos colunistas eram convidados regulares nos jantares, que nem sequer eram pagos para escrever. Georgie teve de aceitar um emprego como garçonete na Casa de Chá de Grace Brown para ajudar Jane com as contas; Eleanor começou a consertar vestidos de amigas para permitir que Peter continuasse a escrever para a revista; e entre os trabalhos da universidade, seu trabalho numa loja de sapatos e suas aulas com Lord Hartford, Edmund ainda conseguia arranjar um tempinho para ajudar a distribuir a revista com Tom, Henry e
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