Como esperado, quando o telefone foi atendido, a respiração de Serafim do outro lado da linha estava pesada, como se ele estivesse fazendo algum tipo de exercício intenso.
A mão de Álvaro, que segurava o celular, se apertou repentinamente, e ele fechou os olhos com resignação.
Parecia que ele havia ligado bem no momento em que o outro estava se divertindo com alguém.
Ele só pôde fingir que não sabia de nada e perguntou:
— Serafim, está ocupado?
— Sim. — A voz de Serafim soava extremamente indiferente. Embora ele não tivesse demonstrado claramente, Álvaro ainda conseguiu perceber que ele não estava de bom humor.
No fundo da ligação, era possível ouvir o som de roupas sendo ajeitadas e o tecido sendo friccionado. Álvaro imaginou que Serafim devia estar vestindo um robe.
— Algum problema? — A voz de Serafim recuperou um pouco da normalidade.
— Sim, tem uma coisa. — Álvaro soltou um leve suspiro de alívio. — Minha irmã quer visitar Emerson na delegacia. Ela está muito ansio