DANIEL ALENCAR
A semana seguiu com a monotonia rotineira da corporação. Estranhamente passei a ansiar pelo fim das atividades para poder regressar ao universo carinhoso que se transformou o elefante branco sem vida onde minha noiva fictícia morava.
Dona Gorete sempre estava animada, falava pelos cotovelos sobre os lugares que visitavam e sobre os presentes que a filha adotiva vinha lhe dando. Luany realmente era terrível, quando se soltava corria de um lado para o outro enlouquecendo sua mãe, irmã e até as empregadas. Mas o que mais estava gostando em toda aquela bagunça era poder ser o noivo da Maria Clara Assunção todos os dias.
Da Clara de verdade, doce, submissa e transparente.
Não do produto comercial que de início pretendia que se fosse.Na quarta a surpreendi distraída com um pote de sorvete na bancada da cozinha quando voltava da academia e o que vi acontecer naquela noite foi o tesão mais genuíno e delicioso que tinha pres