CLARA ASSUNÇÃO
A tal “Jacuzzi” ficava a alguns metros de distância do bar onde estávamos, longe o bastante para não ouvirem qualquer conversa, mas perto o suficiente para observarem o que estava acontecendo.
Quando chegamos na beirada, ele arrancou a camiseta e começou a abrir as calças sem nenhum pudor, tirou os sapatos e ordenou muito bravo:
_ Tire a roupa. _ me abracei em minha cintura e recusei com a cabeça _ Maria Clara, eu não estou pedindo... _ ameaçou.
_ Está frio, não quero entrar. _ recusei insegura.
_ A água vai estar quente em um minuto. _ avisou apertando os botões que faziam a banheira funcionar.
_ Mas não estou usando roupa de banho... _ resmunguei baixo.
_ Melhor ainda. _ terminou de tirar a calça e ficou lá, usando apenas a box preta.
Observei quando afundou na água borbulhante e emergiu jogando os cabelos para trás com uma das mãos:
_ Vamos, entre de uma vez. Quer que suspeitem de alguma coisa?