— Inferno! — Taquei o segundo copo de uísque vazio na parede. — Porra!
Meu corpo inteiro queimava de raiva e ódio.
Eu me odiava!
Não consegui proteger a única pessoa que era minha obrigação fazer.
O olhar dele em pânico ainda estava vivido em minha mente, o corpo tremendo pelo ataque que tudo aquilo lhe causou. As lagrimas que jorravam pelo seu rosto.
Sentia meu peito se apertar e os olhos queimarem pelas lagrimas que eu me esforçava para manter presas.
Me escorei no bar, a cabeça pensa e o corpo inteiro tremendo. As lagrimas conseguiram quebrar a barreira e desciam tórridas e sem cessar pelo meu corpo. Meu coração doía tanto que era melhor não ouvi-lo bater.
As batidas descompassadas zumbiam em meu ouvido, me fazendo chorar descontroladamente e como uma criança apavorada.
O medo me percorria as entranhas, me sugando cada gota de vida e de alegria que demorei anos para sentir novamente. A cor em minha vida tinha ido embora.
Apoiei as costas no bar, deixando meu corpo