“Renatinha”
Eu saí do leito da Nicole, higienizei outra vez as mãos e acompanhei o Vinícius até o leito do Breno. Mas na porta o Vinícius me parou.
- Renatinha, eu preciso te dizer uma coisa. – Ele tinha a voz aveludada e gentil, os olhos cheios de compaixão e eu me assustei. Mas ele se apressou a falar. – Você sabe que ele teve duas paradas cardíacas na mesa de cirurgia. Da primeira vez foram três minutos, mas da segunda foram seis, o que a gente considera um limite para não haver dano cerebral.
- Você acha que ele pode não acordar? – Eu perguntei assustada.
- Nós estamos confiantes de que ele vai acordar bem, mas eu preciso ser sincero com você sobre possibilidades. Nós só vamos saber se houve algum dano quando ele acordar. – O Vinícius explicou e eu pensei por um momento.
- Ele vai acordar, vai acordar bem! Nem que eu tenha que sacudí-lo como um liquidificador! – Eu avisei e o Flávio deu uma risadinha e passou o braço no meu ombro.
- Eu te ajudo! – O delegado falou comigo. – Vamos