Dizer como me sinto...
— Jamais. Eu sei que ele vai fugir.
Nego várias vezes com a cabeça.
Ela me mostra sua expressão de decepção.
— Como sabe? Por acaso lê mentes agora, minha filha?
Suspiro ao lembrar daquele dia em que tive o primeiro sonho. Já estou me cansando de suspirar. Droga!
— Não, vovó. Eu perguntei a ele o que faria se eu me apaixonasse por ele. Ele disse que não é capaz de amar, nem mesmo a mim. — Minha voz mostra toda decepção que essas palavras me causam.
— Isso é mentira, meu anjo. — Ela sorri e aperta meu nariz, causando uma leve vontade de espirrar. — A amizade já é uma forma de amor.
Seguro sua mão e acaricio a pele de uma das pessoas que mais amo nesse mundo.
— Meu medo é não ter nem mesmo isso se confessar o que sinto. Também tenho medo de ser passageiro e só estragar tudo. Eu vejo tantos namoros começando e acabando mal ao meu redor.
Eu gosto demais daquele idiota para me arriscar trocar o que temos por algo passageiro.
Minha vó sorri calorosamente. Me aquece o