No fundo, uma parte de mim ainda acreditava que Troy me amou algum dia.
Talvez de um jeito torto, escondido, envergonhado. Mas agora... agora estava claro. A vergonha de estar comigo sempre foi maior do que qualquer sentimento que ele teve.
Suas palavras foram como uma faca atravessando meu peito, lenta e profunda.
Ainda assim, ele continuou a falar.
"Mas eu ainda a quero, Elise. Sempre quis."
A audácia dele me fez rir, um som curto e vazio.
Trent cruzou os braços, sua presença emanando autoridade.
"Você namorou com ela por dois anos e nunca a apresentou a ninguém." Sua voz era um golpe certeiro. "Isso é muito tempo."
Minha cabeça girou. Como ele sabia disso?
Troy me lançou um olhar de desdém, e foi aí que veio o verdadeiro golpe.
"Você pode me culpar?" Sua voz gotejava desprezo. "Elise é só uma garçonete com uma mãe bêbada."
Meu corpo congelou.
"Eu a ajudei no que pude, mas já estava cansado de não ter ao meu lado uma namorada como eu merecia."
Minhas unhas cravaram na palma da minha