25. Cherry
Catarina Marchetti
Me encolhi atrás do prédio, o coração acelerado ecoando em meus ouvidos. Semanas se passaram desde que eu tinha visto Dante, e agora, ele apareceu para me salvar, e estava fazendo não sei o que no meio de um tiroteio.
Quando Dante finalmente surgiu na esquina, eu mal pude acreditar. Meus olhos se arregalaram, e um suspiro de alívio escapou de seus lábios. Ele me encarou, o olhar determinado.
— Vamos sair daqui!
Enquanto nos afastavamos, notei a ausência do carro., como ele veio até aqui?!
— Cadê o carro?
— Adolfo levou, mas não se preocupa, vamos dar um jeito.
Nos escondemos em um beco próximo, e ele, com uma destreza impressionante, manipulou as fechaduras de um carro estacionado. Eu assisti, boquiaberta, enquanto ele usava um dispositivo improvisado para dar vida ao veículo.
— A gente vai roubar um carro? — murmurei perplexa, eu nunca havia feito nada parecido.
— Isso é o de menos. — ele sorriu.
Misturando gratidão e surpresa, me acolhi ao banco do carro roubado