Capítulo 70. O sumiço da irmã
Tirar o sapato foi um alívio — eu nem sabia como ainda conseguia andar. A festa finalmente tinha acabado e, dentro do carro, me permiti relaxar um pouco. Estávamos a caminho de casa, garanti que ele poderia fazer o que quisesse com o vestido, desde que fossemos para a casa primeiro, eu precisava de um banho e dormir um pouco para aguentar uma viagem de avião.
— Espero não ter que encontrar a Aline de novo na minha frente — Augusto falou, pegando meu pé dolorido e fazendo uma massagem. Eu já estava praticamente deitada no banco do carro.
— Espero que tenha ido presa.
— Não foi infelizmente.
— Como é? Ela me agrediu e era capaz de me matar, como não foi presa? — Como aquela infeliz tinha escapado da cadeia ?
— Eu sei. Também queria que fosse presa, mas a família conhece a minha avó. Apelaram. Pelo que fiquei sabendo, levaram ela para longe. Dessa vez garantiram que não volta mais ao país.
— Ainda acho um absurdo — resmunguei. O jeito que eles resolviam algumas coisas era irritante.
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