Capítulo 17. Nossas possíveis traições
Isabella pegou o copo de água tremendo e chorando. Tinha alguns arranhões nos braços, marcas das unhas de Aline, mas parecia nem perceber.
Eu poderia tentar explicar a situação, que Aline entrou no quarto só de roupão e me pegou de surpresa, que, logo depois de tirar o roupão, pulou em cima de mim completamente nua, que eu mal tive tempo de pensar ou reagir antes que Isabella entrasse no quarto.
Mas ela não parecia ter condições de ouvir qualquer explicação, e eu tinha experiência suficiente em situações assim, para saber que ninguém acreditaria na minha versão.
— Vou tomar banho — disse Isabella de repente, entrando no banheiro e trancando a porta.
Meia hora antes, o clima entre nós era leve, agradável. Eu tinha certeza de que seria uma noite ótima. Agora, a única certeza que me restava era que, provavelmente, Isabella pediria para eu dormir no chão, o que seria ridículo, considerando que nem éramos um casal de verdade.
Meia hora depois, Isabella saiu do banheiro, ainda em silêncio.