(Esmen)
Me virei lentamente. Parte de mim estava assustada com o som de sua voz; outra parte ficou retraída ao encontrá-lo a menos de um metro de mim.
Meu quadril chegou a tocar a mureta por causa da distância entre nós. Não seria menos perigoso cair de uma altura de quase quatro metros? Eu começava a pensar que a frieza presente no seu olhar era ainda mais mortal.
Ele fez um movimento com as mãos, chamando minha atenção. Colocou-as atrás das costas e me encarou mortalmente.
— Era por isso que desejava sair do quarto?
— Do que está falando? — indaguei, sem certeza se ele insinuava minha imagem sendo exibida aos seus homens daquela janela ou minha atenção em ser livre.
O som de um sorriso anasalado me chamou a atenção, destacando suas expressões faciais muito bonitas.
— Quer mesmo se fazer de inocente?
— Depende de qual inocência estamos falando. — Enfrentei-o.
"Este homem vive atacado?"
Seu olhar saltou para os lados e abaixo de nós, mirando, por míseros segundos, parte da sua conquis