O coração de Poliana deu um salto repentino.
Uma sensação estranha, um pressentimento nada bom, tomou conta dela.
Ela atendeu ao telefone, tentando manter a calma.
— Vovô.
Na outra linha, a voz de Delfim soava grave e carregada de um peso ameaçador.
— Quero que você venha aqui, preciso conversar com você sobre algo.
Poliana engoliu em seco.
— Vovô, o Gugu bebeu demais ontem e está mal, eu preciso cuidar dele.
— Ele só bebeu demais, nada de mais. Você vai me fazer ir até aí para te encontrar?
Poliana sentiu o peso da responsabilidade apertando seu peito.
— Então, eu...
— Não fale nada para o Gugu. — Delfim interrompeu, com a voz implacável.
Poliana ficou imóvel por um momento, sem saber o que responder.
— Por quê?
Delfim não teve paciência para explicar.
— Você sabe muito bem. Se me fizer ficar irritado, as consequências serão sérias. E, ao contrário de Gugu, o seu futuro, e o de sua avó, devem ser muito mais importantes, não é mesmo?
As palavras dele fiz