— Ligar, ligar, agora eu só queria estourar a sua cabeça! — Edmar disse, rangendo os dentes.
— Rápido. — Gustavo ignorou as reclamações de Edmar. — Diz que eu bebi até ter sangramento no estômago, rápido.
Edmar desviou o olhar, observando as pessoas que dançavam no meio da pista, sem dizer uma palavra.
Gustavo estendeu a mão e segurou seu ombro com força, balançando ele.
— Rápido!
Edmar, sem palavras, murmurou:
— Você realmente dá muita importância para o seu orgulho.
Alguns segundos depois, Gustavo emitiu um som rouco, um gemido ofegante, como se estivesse engasgado.
Edmar se virou e o olhou. Percebeu que a área ao redor dos olhos de Gustavo estava avermelhada e que seus olhos estavam lacrimejando.
Imediatamente, Edmar levantou a mão e cobriu o rosto, com um olhar de total desgosto.
— Rápido, pelo amor de Deus... — A voz rouca e quase quebrada de Gustavo ficou ainda mais trêmula.
— Tá bom, tá bom. Espere o amanhecer, ligue para ela depois, mas agora deixe ela dormir.