— Eu, eu...
Poliana de repente sentiu novamente aquela sensação de paralisia nos braços e pernas, com dificuldade para respirar. Suas pupilas se dilataram, e ela começou a se concentrar, tentando controlar suas emoções.
A vida adulta era repleta de impotência.
Mesmo para desabafar, não se podia fazer isso livremente.
Ela queria tanto chorar de maneira incontrolável, gritar até perder a voz na calada da noite, gritar até enlouquecer.
Mas o motorista à frente estava dirigindo com o GPS ligado, e o destino era uma casa de repouso.
Ela não poderia se entregar a esse impulso. Ainda tinha responsabilidades. Precisava cuidar de sua avó.
Assim, ela tentou a todo custo controlar suas emoções e disse:
— Eu estou no carro, acabei de sair do Resort N. Ele está me levando de volta para o centro...
Porém, se fosse possível controlar completamente as emoções, ela não teria agido de forma tão impulsiva.
Depois de falar essas palavras, ela sentiu uma dor aguda no peito, como se não