– Oh. – Ela respondeu calmamente, pegou o Buscopan e saiu do quarto. – Você pode dormir primeiro, eu vou tomar o remédio.
Gustavo não olhou para ela e começou a tirar a camisa branca, dizendo:
– Se você ousar fugir, eu vou quebrar suas pernas. E quando você se recuperar, vou quebrar de novo.
Poliana não disse mais nada e foi até o filtro para pegar água.
Mas assim que terminou de servir a água no copo, Gustavo, deitado na cama, olhou para ela e murmurou duas palavras sombrias:
– Bem feito.
A água dentro do copo oscilou ligeiramente.
Ela sabia o que Gustavo queria dizer, que se não fosse por ela e Adílson “transando em excesso” no passado, esse dia nunca teria chegado.
Ele não achava que era culpa dele.
Poliana mordeu o lábio inferior com força, reprimindo as emoções dolorosas e raivosas que fervilhavam em seu coração, e calmamente abriu a caixa de comprimidos para tomar o remédio. Em seguida, voltou para a cama e se deitou de costas para Gustavo.
Ela passou a noite em claro.
Na manhã s