Guilherme viu que Gustavo estava sem palavras e continuou:
— A Poliana não é uma erva daninha à beira da estrada, ela é uma flor bela e única em meio a um campo de flores. Deus a fez assim para que precisasse de uma proteção especial. Se você não pode ser esse guardião, não reclame se alguém de intenções duvidosas quiser destruí-la... E nem me acuse de querer tomá-la para mim!
Ao terminar essas palavras, Guilherme se preparou para sair.
De repente, Gustavo, com os olhos marejados de raiva, agarrou Guilherme pela gola.
— Você fala como se fosse justo e honrado... Você tem ideia do que eu passei?
Quando as pessoas estão afundadas em culpa, às vezes escolhem se refugiar na própria dor para fugir da realidade.
— No mundo, a Poliana é a única mulher bonita? Eu pensei que você fosse meu irmão... E agora você quer roubar minha namorada? Não tem vergonha?
Guilherme engoliu em seco, o pomo-de-adão subindo e descendo.
— Eu sei pelo que você passou...
Os olhos de Gustavo se arregalaram.
— Desde q