O imenso casarão da família Santos, com seus mil metros quadrados, exibia uma arquitetura imponente e detalhes clássicos. Por toda parte, predominavam o branco e o dourado, em meio a arranjos florais exuberantes que transmitiam o clima festivo.
Ao lado da limusine de oito metros, duas fileiras de mulheres, todas da mesma altura, aguardavam impecavelmente alinhadas. Cada uma segurava uma bandeja prateada, onde se empilhavam envelopes de cetim dourado, fechados com laços elegantes.
De algum ponto próximo, uma voz fazia a apresentação solene:
— Ao chamar a sogra de “mãe”, a noiva recebe sete milhões, setecentos e setenta e sete mil. Ao chamar o sogro de “pai”, ganha casa, carro e uma Panamera.
Era o ritual de mudança de tratamento para a família do noivo. Os presentes estavam todos prontos, esperando apenas que a noiva descesse para oficializar o gesto.
Mas Carolina mantinha a mão firmemente agarrada à maçaneta da porta, sem permitir que alguém a abrisse. Desde o momento em que vira Rober