Suas mãos envolvem meu corpo, parecem estar em todos os lugares. É tão irritantemente familiar, como se elas nunca tivessem me deixado, como se por uma fração de segundos estivéssemos continuando de onde paramos.
Ou melhor, como se isso que a gente tem, esse calor que nos torna uma coisa só, essa sincronia como se fosse uma dança antiga, uma coreografia do universo… é como se isso nunca tivesse acabado.
Deixo meus dedos se embrenharem em seu cabelo, os cachos largos e macios fugindo revoltos por entre meus dedos. A aliança pesando uma tonelada.
O frio no meu estômago começa a se alastrar pelos ossos, alcançando as extremidades e me dei