A cena diante dos meus olhos é ótima para minha confiança. Não é como se eu já não estivesse arrependida antes mesmo de sair de casa.
— Bella! — é Enzo quem grita, depois de levar uma cotovelada do amigo. — Caramba, quanto tempo.
A loira azeda se vira para olhar e me apresso em suavizar a expressão antes que ela me flagre.
Os dois vêm em minha direção, ainda abraçados um no outro, é um pouco patético que o esforço maior seja de Enzo. Dante parece fora da órbita, provavelmente pensando em como vai fazer para fingir que está apaixonado por mim e ainda se enfiar no meio das pernas da outra sem que ninguém saiba.
Enzo me abraça como se não me visse há anos, é o abraço que talvez eu tivesse esperado receber aquele dia na boate, no reencontro oficial. Tudo isso acaba deixando um gosto amargo em minha boca.
Mas, apesar do teatro, é um abraço bom, apertado, carinhoso. Acabo retribuindo, principalmente pela ajuda que me deu com meu pai, espero que ele entenda que esse é meu agradecimento silenc