O sol mal havia nascido quando Isabela foi despertada por batidas apressadas na porta. Leonardo, já vestido, abriu antes que ela pudesse reagir. Do outro lado, estavam dois agentes e o advogado da família Vasconcellos.
— A operação foi autorizada — anunciou o homem, entregando um papel a Leonardo. — Thiago Cardoso acaba de ser preso no aeroporto de Montserra.
Isabela se sentou na cama, o coração disparado.
— Ele tentou fugir?
— Com uma passagem só de ida para Portugal. Chegou a passar pelo check-in, mas foi interceptado minutos antes do embarque.
Leonardo agradeceu, dispensando os homens. Ao se voltar para Isabela, viu os olhos dela brilhando — não de alegria, mas de um alívio tão profundo que quase parecia dor.
— Acabou? — ela sussurrou.
Leonardo assentiu. — Acabou.
Ela levantou, enrolando-se no robe, e caminhou até a varanda do quarto. O ar da manhã era frio, mas ela não se importou. Olhou para o céu, como se buscasse uma resposta, e finalmente respirou com leveza.
— Eu nunca imagin