Cassino 9 Pm Jaewon estava absorto em seus pensamentos, fumava enquanto Mi-Jun ainda o atualizava sobre as últimas rondas feitas na cidade. A cidade dele. A fumaça do cigarro subiu preguiçosamente até o teto enquanto Mi-Jun falava. Mas sua mente parecia distante, dois dias atrás onde ele se recordava de ter ficado até tarde na biblioteca lendo com Catherine ao seu lado . Ele nem ao menos virou as páginas do livro que segurava , apenas a observando imersa na sua própria fantasia do livro que ele escolheu para ela . Catherine estava sentada na poltrona ao lado ,uma postura desleixada, praticamente deitada enquanto os pés balançavam de uma lado para o outro ,os olhos perdidos nas palavras do livro, o incomodava mais do que gostaria de admitir.Ele lembrava bem do momento. Ela parecia tão… inocente naquele instante, tão diferente da mulher difícil que ele conhecia. Isso o irritava de uma forma inexplicável. Ela parecia tão frágil, quase vulnerável. Como poderia estar ali,
Jaewon fechou a porta assim que ela desceu as escadas, encostando-se contra a madeira fria. Seu olhar perdido fixou-se no vazio enquanto sua mente se enchia de mil suposições sobre os motivos dela para tentar se aproximar dele, mesmo que de forma sutil. Passou a mão pelo rosto, um gesto que misturava frustração e inquietação, como se tentasse esfregar os pensamentos inoportunos para longe. As palavras de Mi-jun ecoaram em sua cabeça como um lembrete incômodo: "Nunca envolva sentimentos em uma transação."E era isso, não era? Um casamento que não passava de uma transação comercial. Ele sempre lidará com negócios assim — frios, calculados, sem espaço para emoções. Jaewon bufou baixo. Não amava Catherine, e, para ser honesto, não tinha motivos para amá-la. Estava claro, em cada rejeição dela, que o sentimento era recíproco. Então por que essas dúvidas o incomodavam tanto? Ele espantou os pensamentos com um suspiro resignado e foi tomar um banho longo, deixando a água quente escorre
Jaewon estava em seu escritório, a noite anterior pairando em sua mente. Ele ainda lembrava da risada dela, Catherine ali em sua frente, comendo e rindo de uma coisa ou outra na conversa deles, algo como um jantar normal entre um casal.Casal...Eles eram um, afinal?Jaewon esfregou as palmas das mãos no rosto, como se o movimento pudesse espantar os pensamentos. Não! Eles não eram um casal, não de maneira convencional. Mi-jun estava certo, ele tinha que se concentrar. Aquele casamento não era de verdade e, além disso, ela sempre fazia questão de lembrar que nunca seria nada para ele.Jaewon suspirou e checou seu celular em cima da mesa. A mensagem ainda não estava aberta nas notificações. Ele pegou o celular, abriu a mensagem e leu:"Quando nos veremos?"Bethany.A imagem da mulher loira veio à sua mente, e então ele deixou o celular de lado, olhou para um ponto fixo à frente e fechou os olhos com força, levantando da cadeira de couro que raspou no carpete com o impulso. Jaewon camin
Catherine não sabia o que realmente pensar ou esperar do convite inesperado. Desde que se casara com Jaewon, ele nunca a convidara para lugar nenhum. Ela era uma prisioneira, não era? Eles foram às Bahamas, mas aquilo não havia sido uma viagem de casal. Seu rosto esquentou com o pensamento ao lembrar de ter dividido o mesmo quarto, a mesma cama.“Aquilo não foi nada”, tratou de lembrar a si mesma. Afinal, era tudo por fachada, por vingança ou algo mais que ela não conseguia dizer ou distinguir nas intenções dele. Aquela viagem tinha a ver com os negócios de Jaewon, e ela era apenas uma peça nesse jogo infernal.— Catherine? — a voz do outro lado da porta a fez sobressaltar. Ela virou-se instintivamente, encarando a porta. Reconheceu a voz de Jaewon.Catherine segurava a escova de cabelo, sentada em frente ao espelho na penteadeira. Paralisou por um instante.— Eu já vou — respondeu, olhando mais uma vez seu reflexo no espelho. O batom rosa-claro em seus lábios, o qual ela havia pa
Seul, Coreia do Sul, primavera .— Compreendo, senhor, mas é que…— Já disse, senhorita Prescott, não há mais nada que possa fazer pela senhorita. São mais de quatro meses com a hipoteca atrasada, sem contar o aluguel que está se acumulando.— disse o gerente do banco.— Senhor Pyon, eu realmente estava com o dinheiro, mas é que houve uma emergência em família. Minha tia ficou gravemente doente e…— Senhorita Prescott... — O gerente a cortou, fechando a pasta com os documentos. — Estou apenas cumprindo meu dever. Um mês, ou terei que pedir que se retirem do imóvel....— Mas que inferno... —praguejou baixinho ao tentar mais uma vez a ligação que insistia em cair na caixa postal.— Alô!!— O que foi agora?— Perguntou o irmão com a voz aflita .— Mário, pelo amor de Deus! Como teve coragem de gastar novamente o aluguel?— Do que está falando, maninha?— Mário, não se faça desentendido.Você está jogando novamente, não é? —Perguntou Catherine aflita.— Olha, eu só peguei emprestado, ok? Eu
" Eu não aceito dinheiro , somente você."Catherine ficou confusa por um instante , talvez até tenha entendido errado .— O quê ? Eu …como assim ? — perguntou ela perdida.Queria formular uma frase coerente , porém o medo a fez travar .— O que raios aquele homem queria com ela afinal?Jaewon olhava atento para ela , a expressão de confusão lhe fez dar uma curta risada .Ele devagar deu a volta na mesa pondo a arma sobre ela e sentando -se em sua cadeira .— Levem ele daqui .—ordenou— Por favor , espere! — Catherine falou agarrando o terno do irmão .— Ora , deixe dessa choradeira eu apenas quero conversar com você a sós . Agora levem ele daqui. — Seu tom de voz mudou de sarcasmo para firme em segundos .Catherine ainda estava de joelhos no chão chorando quando a porta foi fechada. Não podia acreditar que tal coisa pudesse estar acontecendo. Sua vida havia se tornado um buraco sem fundo de problemas , e agora isso?— Venha , sente -se na cadeira por favor—Uma voz suave a tirou de seu
Jaewon saiu do elevador no décimo andar e caminhou a passos largos até o quarto . Parou em frente a porta totalmente afobado e pegou na maçaneta pronto para girar e entrar ali , pegar aquela garota petulante e a arrastar porta afora . Afinal, como ela ousava o desafiar assim? A não ! Isso não iria ficar assim . Porém, parou no minuto seguinte e respirou um pouco , talvez ela só estivesse com medo dele . “Claro , você apontou uma arma para o irmão dela .” O pensamento gritou o fazendo xingar baixinho . Ele era um chefe da máfia , não um ditador . — Bons modos , Jaewon …bons modos . — falou baixinho para si mesmo . Bateu então na porta e não obteve uma resposta, bateu novamente e nada , bateu a terceira e dessa vez girou a maçaneta e entrou . — Com licença,estou entrando .— Disse ele de certa forma cauteloso. Catherine estava olhando pela janela quando o ouviu e virou rapidamente travando no lugar olhando para a figura do homem parado a poucos passos , a cama fazia
“Lua de Mel…”Aquelas três palavras cantarolando na mente de Catherine enquanto Kim abriu um sorriso ao ver o rosto dela ficar vermelho. Ela desviou o olhar, observando as mãos que ainda seguravam o buquê, sentindo-se constrangida e vulnerável.— Quer jogar? — Jaewon olhou para Catarina.— O quê? — Ela o olhou um tanto confusa, tentando entender a súbita mudança de assunto. — O buquê. Não é assim que funciona? Depois do casamento, a noiva joga o buquê para uma sortuda pegar. — Jaewon sabia mesmo mudar de personalidade de maneira súbita, oscilando entre a ternura e a frieza.Catherine se pegou pensando que ele não era um assassino sem escrúpulos, mas sim um homem de personalidades conflitantes, o que o tornava ainda mais perigoso.— E quem o pegaria? — Ela olhou ao redor, vendo apenas uma moça servindo bebidas para aqueles homens, todos imponentes e ameaçadores. — A pergunta foi —você quer jogar?— Se sim, deixe comigo.— ele disse a encarando, bebendo de uma vez o restante do champa