Mais um dia tinha se passado e ela ainda estava presa ao seus aposentos, desde que voltou. O quarto estava envolto em sombras tênues quando Elise abriu os olhos. A primeira coisa que notou foi o silêncio. Não era apenas a tranquilidade natural da madrugada, mas um tipo de quietude opressiva, um vácuo que parecia ressoar dentro dela.
Seu corpo, outrora uma prisão de dor e exaustão, agora parecia estranhamente leve. Era uma sensação sutil, como se algo houvesse mudado sem que ela percebesse exatamente o quê.
Virou-se no leito, os lençóis frios onde antes estivera a presença quente de Lucian, apenas um dia atrás. Seu coração apertou-se. Ele não estava ali, e ele não tinha voltado. Seu corpo ainda lembrava do toque dele, da presença firme ao seu lado, do calor que ele emanava enquanto dormia. Mas agora, tudo o que restava era o espaço vazio ao seu lado.
Elise passou as mãos pelo ventre, a leve protuberância sob a fina camisola. Então, sentiu. Um movimento. Pequeno, delicado, mas inconfund