O dia amanheceu com uma estranha quietude, o tipo de silêncio que antecede uma tempestade. Elise permanece em seus aposentos, o corpo frágil, mas a mente inquieta. Desde a descoberta da gravidez, a tensão no castelo parecia ter se intensificado. Os guardas passavam apressados pelos corredores, e as criadas cochichavam, lançando olhares curiosos.
Ela olhou para o espelho à sua frente, tentando refletir sobre a mulher que via no vidro. Havia olheiras sob seus olhos, a pele estava pálida, e o cabelo, antes impecável, caía em ondas desalinhadas. O mundo parecia mais pesado, e ela se perguntava quanto tempo conseguiria suportar tudo aquilo.
"O destino dessa criança será decidido pelo que é melhor para o reino".
As palavras de Astor ecoavam em sua mente, arrancando-lhe o pouco de paz que restava. Como eles puderam falar daquela vida como se fosse apenas uma peça em um jogo de poder? Uma peça que ela mesma sentiu tão frágil e preciosa.
Se sentia mal por ter falhado em seu plano. Condenar u