O cheiro de hospital sempre me causava um aperto no peito.
O ar era gelado, as paredes brancas demais, e o silêncio opressor só era interrompido pelo som distante de passos e bipes de máquinas monitorando os pacientes.
Meu coração martelava no peito enquanto eu caminhava ao lado de Christian, a cada centímetro que eu me aproximada, sentia o nervosismo me dominar.
Assim que passei pela porta do quarto, senti um nó na garganta ao ver minha avó ali, tão frágil, perdida entre lençóis brancos e fios conectados ao seu corpo.
Sua respiração era lenta e sua pele parecia ainda mais pálida sob a luz fria do hospital. Mas o que me fez prender o fôlego foi ver que ela estava acordada.
— Como isso é possível? — Perguntei tampando minha boca, deixando meu timbre soar trêmulo. Eu encarei as médicas ao lado da cama, não conseguindo conter a minha emoção.
— Não sabemos explicar ao certo. O corpo humano, às vezes nos surpreende. Infelizmente não posso garantir por quanto tempo ela permanecerá assim. –