Carolina, do lado de fora da porta, abaixou a cabeça em silêncio, contorcendo amargamente os cantos da boca.
Rodrigo tossiu algumas vezes:
- Tudo bem, como quiserem, mas devo avisar que essa criança afetará o relacionamento entre vocês. Esteja psicologicamente preparado.
- Carolininha já concordou, ela é muito compreensiva.
Rodrigo encarou Henrique com raiva:
- Ela não é compreensiva, ela está sem escolha, é um compromisso, é amor por você!
- Vou tratar ela ainda melhor para não a decepcionar. - O rosto encantador de Henrique estava sério, pensativo. - No futuro, também teremos nossos próprios filhos, não seria uma coisa boa para as duas crianças terem uma companhia?
Rodrigo estava cansado, acenou com a mão para que ele saísse:
- A chame para entrar.
Henrique concordou e, ao abrir a porta, encontrou os olhos de Carolina do lado de fora.
O olhar dela para ele era frio, seu rosto todo expressava descontentamento.
Ela odiava a ideia de meio-irmãos, talvez não houvesse problema quando a