Carolina soltou um longo suspiro, batendo no peito e murmurando para si mesma:
- Ainda bem que não o viu.
Ela ainda não tinha consolidado completamente sua posição como tia, e não estava pronta para ser sincera com Henrique.
- O que você disse?
- Nada.
- Carolina recuperou um pouco do ânimo e, sentindo-se culpada, pediu desculpas.:
- Sinto muito, hoje fiz você perder tempo.
Henrique não respondeu, seus dedos longos girando habilmente o volante, sua voz séria:
- Você deve entender que tem algo errado com o que aconteceu hoje, certo?
- Sim...
- Você realmente tem problemas com as pessoas.
Uma pessoa sem emprego, que conseguiu um trabalho com muita dificuldade, mal completou um mês e já causou todos esses problemas.
A Empresa R poderia mantê-la, mas ela precisaria estar pronta para enfrentar os rumores e fofocas.
Carolina deu um sorriso amargo:
- Não é que eu não me dê bem com as pessoas, é que tenho má sorte.
"Nascer em uma família tão injusta, e ter Antônio, um pai tão parcial, é a fo