- Você não me obedece, mas está pronta para obedecer algum desconhecido? - Henrique ignorou automaticamente a primeira metade da frase, segurando o queixo dela e questionando com frieza.
Os antigos sempre diziam que o marido era o pilar da família, então não seria um problema ela obedecer a ele.
A aura de Henrique se intensificou imediatamente. Carolina engoliu a seco, se sentindo um pouco intimidada.
- Eu quis dizer que nossa relação é um pouco desigual. Devíamos nos tratar com respeito mútuo.
- Tudo bem, contanto que você esteja à altura das minhas expectativas.
- Mesmo que eu não esteja, ainda mereço ser tratada com humanidade. Cozinho para você todos os dias e até tenho que te bajular como a Luna faz. Sou uma pessoa com sentimentos, mereço dignidade!
- O que há de errado em ser como a Luna? - Henrique ergueu o queixo. - Você sabe que muitas pessoas no mundo invejam a vida dela?
Carolina olhou para o border collie deitado perto da porta. Até a cama em que Luna dormia era importada