Nathaniel
O silêncio do apartamento era insuportável. Não havia mais nada que me ligasse a ela dentro daquelas paredes, apenas o eco do que fomos. O divórcio estava assinado. Eu mesmo havia entregado a ela aquilo que me destruía por dentro, acreditando, ou tentando acreditar, que essa era a única forma de provar que ainda a amava.
Mas agora, sozinho, tudo parecia inútil. O peso do anel abandonado, os papéis assinados, o vazio no peito. Eu a havia perdido. E, no entanto, uma parte de mim se recusava a aceitar.
Não podia mais reconquistar a mulher que amo com promessas. Não podia desfazer o que disse, nem apagar as lágrimas e feridas que causei. Mas havia algo que ainda podia fazer... pedir perdão.
Meu coração parecia querer saltar pela boca, bati n porta da casa dos pais dela e quando sua mãe abriu, fiquei imóvel por alguns segundos. Seus olhos, que sempre me receberam com carinho, agora estavam duros, desconfiados.
Grace era a única que sempre me tratou com carinho genuíno, mas