Alexa
Estava mais que morta pelo cansaço, e ficar olhando para o e-mail da minha supervisora de curso não estava ajudando, aquela mulher é o próprio cão, sempre renegando as minhas pesquisas e com isso eu simplesmente parei e desisti, se ela não queria que eu me formasse eu não insistiria, ainda tenho muito tempo. Massageio a base do meu pescoço aliviando um pouco da tensão dos meus músculos. Tudo estava acontecendo em todo lugar e ao mesmo tempo e eu não estava dando conta, de um lado eu tenho que acompanhar a reforma da minha preciosa livraria de perto, ajudar Ashley e sua turma com o trabalho de artes, correr de um lado para o outro com as minhas amigas á procura de um vestido de casamento, Leandra não me deixava em paz, o célula tocava a cada segundo, eu que vou saber qual a diferença do branco normal do branco champanhe, tudo é branco. Se eu soubesse que organizar um casamento desse tanto trabalho ainda mais em pouco tempo e escondido da sua família eu teria aceitado somente a cerimônia no civil. Fecho o computador e sigo pro banheiro onde preparo um banho relaxante para mim, a água morna envolve meu corpo e todos meus músculos agradecem, isso é o paraíso. Fecho os olhos por alguns minutos e acordo quase me afogando pelo susto, a campainha continua tocando repetidamente, bufo me levantando. — Já vou! — grito e me enrolo em uma toalha, saio resmungando em direção a porta, só nesse meio tempo a campainha já tocou mais de 3 vezes. — Eu disse que já vou!— esbravejo abrindo a porta e dou de cara com Nate com expressão de poucos amigos. Seus olhos me analisam dos pés a cabeça, um cinco se forma em su testa e ele parece morder os dentes, antes que eu o convide a entrar ele passa por mim e para no centro da minha sala. — Você chegou cedo. — Fecho á porta e o analiso melhor, cabelos perfeitamente alinhados e penteados para trás, barba feita, um terno cinza feito sob as perfeitas medidas de seu corpo, não tão forte e nem magro, o perfeito meio termo de perdição e perfeição escrita nas entre linhas. Toda vez que eu olhava para ele eu me via casada, com três filhos, 2 cachorros e 1 gato. — Você está atrasada. — Diz apôs uma longa investigação silenciosa de meu pequeno cómodo, e tudo pareceu insignificante naquele momento, a sala que antes era grande para mim se transformou em algo insignificante e claustrofóbico. Porquê ele tem que ser tão magnético, porquê simplesmente não consigo lembrar que eu e ele somos lados completamente oposto da mesma moeda. Que não consigo falar sem extrapolar nas palavras, sem gaguejar ou querer me enterrar toda vez que ficámos a sós, Nathaniel me faz perder a compostura e esquecer que o odeio mesmo sem dizer uma palavra. — Merda. — Amaldiçoo vendo as horas em meu relógio de parede, estava tão cansada que perdi total noção de tempo — Sente-se por favor. Aponto pro pequeno sofá bege, ele desabotoa seu paletó e se senta, pega uma almofada em forma de ovelha de crochê que eu mesma fiz e afasta dele como se fosse algum objecto amaldiçoado. — Oliver, tempo é dinheiro. — Fala olhando pro seu relógio. — Vá se vestir estamos atrasados. — ordena. Não me demoro e vou até meu quarto, coloco um vestido rosa curto e justo, com um decote em V não muito chamativo, mas que realça o tamanho dos meus seios, já que ele gosta tanto de encara-los, darei esse pequeno presente a ele. Coloco um salto baixo e faço um coque frouxo. Chego na sala e ele não desvia a atenção de seu celular em nenhum momento, se levanta como se fosse um robô passando por mim deixando seu cheiro a loção fresca de barbear e um perfume forte impregnado em minha pele. — O que está esperando? — Quase penso em pegar no abajur e jogar na cabeça dele, porra eu me arrumei para que você me ache bonita, então tenha a decensia de pêlo menos olhar para mim. — Nada, vamos logo. — Falo chateada e fecho a porta atrás de nós, me viro e quase choco em uma parede de músculos. Ele está muito próximo, tão perto que sinto o calor de seu corpo me chamando para um abraço demorado. Seu olhar desce até meus seios e ficam preso no decote, ele solta um som gutural baixo e coça a ponta de seu nariz desviando a atenção para minha mão. — A única coisa que odeio mais que atraso é desorganização. — informa olhando em meus olhos intensamente como se fosse um aviso. Sigo ele até deu carro e como esperado dele, ele abre a porta para mim mesmo sem dizer uma palavra e dirigi para casa dos meus pais em completo silêncio, mas de vez enquanto eu percebia seus olhares de soslaio e a tensão na forma como conduzia. Assim que ele estaciona em frente a casa dos meus pais, retira uma pequena caixa de veludo de dentro de seu paletó e me entrega. — Espero que goste. — Recebo sua caixa e nem demoro para abrir e encontro um pequeno anel com uma pedra azul — Não gostou da safira posso comprar um diamante rosa, se azul já não for sua cor favorita. Olho para ele chocada e os meus batimentos cardíacos aceleram, seu olhar encontram os meus esperando por uma resposta, mas eu estava surpresa demais para falar. — Como você sabe? — Saber que azul é ou era sua cor favorita? — Ele se reencosta no estofado e olha pela janela — O facto de você me causar dores de cabeça não significa que eu não preste atenção nas coisas que você faz Oliver. Sorrio igual uma adolescente boba apaixonada e pego no pequeno anel e coloco em meu dedo, um sorriso invisível aparece em seu rosto mas ele logo disfarça. — Obrigada eu amei, e eu realmente amo azul, tal como amo rosa. — Terei isso em mente. — Melhor nós entrarmos. Descemos e fomos até a porta, paramos por alguns segundos nos encarando, meu coração estava palpitando muito parecia que a qualquer momento ia sair pela minha boca, minhas mãos estão suadas, muito suadas. — Age da forma mais normal possível. — falo para ele, mesmo sabendo que quem está tremendo sou eu. — Acho que isso serve para você, já que não para de tremer. — ele afirma impacivel, não sei como esse homem consegue se manter calmo nesses momentos queria poder ter o pingo de autocontrole dele que inveja. — Claro que é você, se você falhar minha família não vai acreditar nesse casamento.— tentei amenizar o meu nervosismo mentindo, eu tenho que parar com isso. — Então trate você de se acalmar.— reviro os olhos ignorando o senhor certeza, abri a boca pronta para o responder a altura mas Karol abre a porta e encara nós dois espantada. — Não fode Alexa! — ela diz fuzilando Nate, bom, se existe alguém que não gosta muito do Nate mais do que eu é a Karol, ela estava presente quando tudo aconteceu. — Surpresa. — Entrelaço nossas mãos e ele aperta sorrindo e me puxa deixando nossos corpos mais pertos. Karol olha atentamente para as nossas mãos unidas e fecha a cara. — Me diz que isso não é verdade?