CAPÍTULO 0018
Comprei aspirina e uma garrafa d’água logo cedo, antes de seguir para a casa de campo da minha família. Não costumo me preocupar com ninguém além de mim, e ainda menos com mulheres desastradas que não sabem lidar com os próprios limites. Mas Katherine tinha bebido demais na noite anterior, e, embora fosse o tipo de pessoa que eu considerava destrambelhada e atrevida em excesso, havia algo nela que me impedia de simplesmente ignorar.
Não sei se foi um instinto idiota de cuidado, ou apenas a conveniência de não ter que lidar com uma mulher de ressaca com uma probabilidade imensa de acabar vomitando dentro do meu carro. Seja como for, a verdade é que comprei aquilo pensando nela. E detesto admitir.
Só de lembrar a forma como gosta de me peitar e nunca ficar por baixo, eu já me irrito. Ela fala demais, ri em horas impróprias, se mete onde não deve. E, ainda assim… quando penso na imagem dela dormindo, naquela cama da casa de campo, sinto algo que preferiria nunca sentir.