CAPÍTULO BÔNUS - LUÍSA
Desde o dia em que vi Vlad naquele restaurante — diga-se de passagem — acompanhado da tal “nova namorada”, alguma coisa saiu perigosamente do eixo dentro de mim. Não posso negar , senti ciúmes e um bem cruel. Adicionada a irritação . Um incômodo moral. Um leve descompasso do universo. Porque, veja bem, ele deveria estar comigo. Ou, no mínimo, correndo atrás de mim como sempre fez.
Mas não.
O desgraçado estava lá, sentado, relaxado, sorrindo daquele jeito indecentemente bonito, com o braço largado na cadeira e a atenção toda voltada para ela. Ela. A criatura. A fulana. A concorrente.
E o pior de tudo — a parte que realmente doeu, a facada girada com requinte de crueldade — é que a mulher era bonita. Não “bonita com boa iluminação”. Bonita de verdade. Corpo de academia, cabelo bem cuidado, postura de quem não pede desculpa por existir. Aquilo foi uma merda. Uma grande, sonora e injusta merda.
Tudo bem, eu tinha feito a linha dura com Vlad. Tinha sido fria, di