Lila Montgomery
— Vamos selar ele? — perguntei ao vaqueiro, mantendo minha voz firme, os olhos ainda fixos na imponência viva que era Diablo.
O homem, um sujeito moreno de pele curtida pelo sol e chapéu gasto pelo tempo, hesitou. O olhar dele passou de mim para o cavalo e voltou como se quisesse dizer “a senhora tem certeza?”, mas não tivesse coragem. Depois, baixou os olhos como quem conversa com o destino.
— Ele não gosta muito que encostem, senhora. É um cavalo selvagem. Bravo mesmo. Não é só jeito de dizer. — Ele coçou a barba rala com os dedos manchados de terra. — Só o dono costuma montá-lo.
— Pois bem… — respondi com a calma de