Lila Montgomery
Fechei a porta do banheiro com um estrondo que provavelmente ecoou até o fim do corredor. Encostei as costas nela e respirei fundo, tentando controlar o calor que subia pelas minhas bochechas e pelo resto do corpo.
O perfume dele ainda estava grudado em mim. Ou talvez fosse o cheiro do quarto, da tensão, do toque dele…
O toque.
Fechei os olhos e lá estava de novo. A lembrança da mão dele firme na minha cintura, como se tivesse algum direito, como se aquele gesto fosse natural, inevitável. Os dedos longos e calejados apertando minha pele como se me moldassem ali, contra ele. E o beijo... Meu Deus, o beijo.