Capítulo 213 - Entre Cercas e Olhares

O portão da fazenda apareceu no horizonte como uma lembrança viva: as cercas brancas se estendiam em linhas perfeitas, os ipês em flor tingindo o caminho de amarelo, e o som distante dos cascos de cavalo batendo contra a terra. O sol do meio-dia brilhava alto, espalhando um calor dourado sobre os campos, fazendo o capim brilhar como ouro líquido.

Lila respirou fundo.

Aquele ar tinha cheiro de terra, vento, e algo que misturava saudade com nervosismo. O coração dela batia mais rápido a cada metro que o carro avançava.

Catarina dirigia cantarolando, com os óculos de sol escorregando no nariz e o cabelo preso num coque desarrumado que parecia desafiá-la a cada curva da estrada.

— Eu ainda tô indignada — começou, de repente, com aquele tom dramático que só ela tinha. — Como é que esse bebê ainda não deu um sinalzinho se vai ser mocinho ou mocinha? — olhou para o ventre de Lila, como se o bebê fosse responder. — Já falei pra ele… — apontou com o dedo — ou pra ela, né… que a tia Catarina
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