Barbara o encarou, a raiva borbulhando dentro dela. A hipocrisia de Henrique a enojava. Como ele podia ser tão frio, tão calculista? Mas ela sabia que não tinha escolha. Pela saúde de Dona Sandra, ela engoliria seu orgulho e fingiria.
— Tudo bem — disse ela, entre dentes. — Eu finjo. Mas não pense que isso muda alguma coisa entre nós. Assim que sairmos daqui, tudo volta a ser como antes.
— Ótimo — respondeu Henrique, a voz gélida. -- Agora vou tomar um banho para relaxar um pouco.
Henrique entrou no banheiro sob o olhar fixo de Barbara.
Ela ficou nervosa sem saber o que fazer dentro daquele quarto, sozinha com Henrique.
Ela caminhou até a janela observando a beleza do campo e ali permaneceu por um tempo...
-- É lindo! -- Exclamou Henrique ao sair do banheiro depois de quase vinte minutos. -- Esse verde do campo traz uma certa paz.
Barbara não se virou na direção dele, mas podia ver Henrique através do seu reflexo na janela de vidro.. Ele não estava com a blusa e usava so