Ele percebeu, ficou sério desconcertado
— Você precisa comer. Não se comporte, como uma menina mimada.— Tudo tem limites, e a minha paciência também Inaya.— Você é uma mulher, se comporte como.Ela não se conteve, apontou o celular dele— Você tem mesmo limites? Ham?— Quem está te mandando mensagens?— Você já se casou?— Chega de mentir pra mim. Alá vai te castigar!— Eu mereço saber a verdade Mounir, porque ninguém foi me visitar?— Ninguém fala mais comigo. A serpente da sua irmã, te fez casar, não é?— Eu quero saber o que está acontecendo.Pegou o celular irritada— Não vai mostrar, eu vou ver.— Vou contar tudo o que passei com a sua família, para a sua Dounia preciosa.Ele tomou o celular da mão dela, alterado— La! Eu não mexo nas suas coisas, não tem o direito, de mexer nas minhas.Se levantou bravo—Mounir ajudou Inaya a se levantar e a conduziu para se sentar ao seu lado na cama, a olhou com a voz suave, mas carregando um tom sério — Habibiti, não quero te chatear ainda mais, mas talvez... — Talvez seja melhor que a sua irmã não volte. — Seu pai está muito zangado e ela pode ser punida. — Ou pior, o marido dela pode querer ela de volta. — A onde eles moram, as coisas não são como aqui. As palavras de Mounir fizeram as lágrimas de Inaya jorrarem com mais intensidade — O que quer dizer? Vão matar ela? É isso? — Por Alá Mounir. — Eu preciso fazer alguma coisa! Mounir segurou a mão dela, transmitindo um pouco de conforto — Inaya, eu não sei, o marido dela segue os costumes antigos, mora no interior. — Achei bastante estranho, ele dizer que não ia procurar por ela. — Não faz muito sentido. Mas eu ainda não o conheci. — Eu vou ver um modo de ajudar. Vou pensar em algo. — Se você tiver certeza, que ela era capaz de fugir, talvez seja bom. — Do contr
A água morna os envolvia enquanto seus corpos se roçavam freneticamente, com a tensão crescendo a cada toque. Os dedos de Mounir deslizavam pela intimidade de Inaya, a deixando cada vez mais lubrificada, mesmo na água, enquanto ela gemia baixinho em seus lábios, as mãos exploravam o corpo forte dele, sentindo a pele quente, o deixando arrepiado pela excitação. Inaya se movia em seu colo, seguindo um instinto incontrolável, deixando o atrito os incendiando, Mounir a segurou pela cintura, guiando seus movimentos, lhe dando apertões, com seus olhares fixos um no outro, a respiração cada vez mais ofegante, sentiram que era o momento de ir adiante. Com dificuldade ele a pen.etrou lentamente, sentindo o encaixe perfeito, com o calor que os unia por dentro, ge.midos baixos espontâneos escapavam de suas bocas a cada movimento, com a água da banheira salpicando ao redor enquanto seus corpos se fundiam em um ritmo crescente. As carícias se intensificaram, os beijos se tornaram mais profundos
Inaya o olhou muito decepcionada— Pelo visto, vejo que já decidiram tudo, e eu não tenho opção. — A sua família, nunca vai me aceitar.— Como você pode, me sacrificar assim?Se levantou brava, foi para o banheiro, bateu a porta, se conteve para não surtar, sua vontade era de quebrar tudo, tomou banho e já juntou o que pretendia levar, pareceu que apenas organizou suas coisas, quando saiu do banheiro, estava sozinha no quarto, colocou pijama e tirou os lençóis, enrolou tudo com mais coisas suas dentro no meio, desceu para colocá-los na lavanderia, Mounir estava na cozinha, mexendo no celular, a olhou apreensivo— Yalla, precisa comer.— Você precisa entender, que com o tempo, as coisas vão mudar, você precisa conquistar a confiança de todos.— E o mais importante, se desculpar com a minha irmã, ela não quer ser sua inimiga, eu fico muito triste, por vê-las assim.— Jamila disse que só queria que você a entendesse, e eu sei que ela é difícil. — Mas você precisa tê-la, como uma aliada
Mounir nasceu no Egito e foi morar no Brasil ainda criança. Quando seus pais morreram, Halim, seu tio, acolheu ele e sua irmã. Ele teve uma criação rígida baseada nos costumes e na religião. Sua família é tradicional, ainda que dividida entre o Egito e o Brasil. Ele sempre se esforçou muito. Quando atingiu a maioridade, foi estudar fora, na Europa. Na primeira oportunidade, retornou e virou ceo na rede de hotéis de seu tio, que já de idade avançada, queria vê-lo casado de qualquer forma.Quando ninguém via, ele não seguia a religião de fato e, ainda que com medo, às vezes cometia vários haram. Foi bastante influenciado pelos anos longe de casa, mas respeitava muito o tio, como se fosse um pai. Halim ficava nervoso só de imaginar que seu sobrinho não era um verdadeiro exemplo de homem.Halim estava fazendo vista grossa para a enrolação de Mounir em se casar e construir uma família. Usando a doença, arrumou várias pretendentes para ele. O chamou para ir viajar com a família e, ao notar
Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo?Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada- Como vou saber?- Não te conheço.Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho.Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele.Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar.Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim s
Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present
Jamila disse que ia resolver aquilo, fechou a porta e o mandou ir para a sala, falou que logo, iriam comprar muitos calçados novos, Inaya falou que não precisava de muito, demonstrou humildade, comentou que gostava de se vestir com modéstia.Todos se reuniram na sala, Mounir deu um colar de ouro para Inaya, levou um cutucão do tio, que mandou ele colocar, se aproximou dela sentindo o cheiro do perfume, pode sentir seus cabelos compridos volumosos, ela estava extremamente envergonhada, ficou com o rosto corado e as mãos trêmulas.Ele colocou o colar, falou para todos ouvirem- Está muito zwina!Ela só sorriu, sem nem conseguir agradecer, ele a beijou na testa, como demonstração de respeito e carinho, estavam em um teatro perfeito.A noite estava tranquila, a família se reuniu ao redor de uma mesa enorme, tipicamente coberta por uma toalha decorada com intrincados padrões geométricos e vibrantes cores.Sobre a mesa, tinha uma variedade de pratos saborosos, exalando o cheiro deixando tud
Ele começou a olhar o cardápio, por se sentir constrangido de lhe fazer uma proposta tão " indecente "- Não temos tempo pra pensar!- Isso é muito sério.- Porque o casamento vai acontecer.- Só quero ser honesto com você antes.- E se contar a alguém, sobre a minha proposta, vou dizer que é mentira.- Ninguém vai querer se casar com você, caso eu desfaça tudo.- Sua família vai ser humilhada, de novo.- Pensa bem Inaya.Ela ficou nitidamente chateada, se sentindo coagida- Não é justo isso!- Vocês são todos iguais, ardilosos.Ele chamou a atendente, sério- Você prefere um noivo velho?- Que vai te m altratar? Te obrigar a ter muitos filhos?- Você é muito bonita, mas não é alguém com quem eu ficaria.- Isso é um favor maior pra você, do que para mim.- Só temos que esperar um ano, depois te dou o divórcio e estaremos livres.- Sua irmã já vai estar casada, com filhos.Ele fez mais um pedido, ela ficou visivelmente triste- Não quero me casar com você.- Que sorte triste a minha.