Nuria
Por um segundo, congelei. A imagem da tesoura nos dedos de Diana, as cordas do meu violino cortadas com precisão cirúrgica, aquele sorriso cínico... tudo pareceu irreal. Mas não era. Estava acontecendo. E a fúria que cresceu dentro de mim foi como uma explosão — crua, instintiva, sem freios.
Avancei.
Ela nem teve tempo de se levantar antes que minhas mãos agarrassem seu braço com força. A tesoura caiu no chão e ricocheteou contra o piso com um som metálico e agudo. Diana tentou reagir, mas eu já estava em cima dela, e toda a raiva acumulada nos últimos dias se transformou em garras afiadas e palavras atravessadas por grunhidos