As tradições do casamento são engraçadas não? Algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul. Mas para Amelia Fergus não há nada de engraçado nas tradições e superstições dos enlaces de suas irmãs e amigas. Nenhuma noiva que almeja ser feliz em seu matrimônio deixa Amelia de fora do seu “staff” de madrinhas. Considerada pé quente por todas as noivas que conhece, Amy está escalada para mais um casamento, o de Jenna e Luke, amigos de longa data. Cansada de ser o amuleto da sorte de todos os casais que desejam o “para sempre juntos” — especialmente quando ela tem convicção de que é melhor contrair ebola do que um matrimônio em que você depende da presença de uma madrinha para obter sucesso em seu casamento —, Amy faz uma promessa: nunca mais faria parte de um casamento. Mas no momento em que ela faz tal promessa, em frente ao belo chafariz repleto de velas, um garçom esbarra nela e a faz cair na água. Bem, parece que a sorte da madrinha está mudando, finalmente. E se levar em consideração a aparência do garçom, está mudando para melhor. NOTA DA AUTORA Querido leitor, Pode ser que você já tenha lido esta história. Ela inicialmente se chamava Para sempre madrinha e fazia parte de um selo editorial. Este selo foi encerrado e como os direitos do livro são meus, optei por mudar o nome e enviá-lo para uma nova revisão. Caso queira ler novamente a obra, você é muito bem-vindo. Para aqueles que ainda não conhecem a história de Amélia e Josh, será um prazer tê-lo a bordo desta viagem.
Leer másOdeio a Katherine Heigl.
Sim, eu odeio.
Odeio o fato de ela ter feito um filme onde foi madrinha vinte e sete vezes.
Odeio que ela pareça tão feliz e altruísta naquele maldito longa-metragem.
Quem adora entrar na porra de um vestido ridículo e ficar parada com cara de mocinha emocionada enquanto duas pessoas se comprometem a se amarem para sempre? Que garota pensa que se ela estiver presente nos casamentos das amigas, fará com que elas devolvam o favor e participem do seu casamento com o cara escolhido, o homem certo?
Então, sim! Odeio Katherine Heigl.
Odeio que o filme tenha feito tanto sucesso. E principalmente:
Odeio que me comparem a ela.
Não estive em vinte sete casamentos, mas em doze até o momento. E pretendo parar exatamente neste número.
Ao contrário da mocinha de Vestida Para Casar, ser madrinha para mim não é uma honra, é errado e apenas uma obrigação. Uma imposição que começou há cinco anos com o casamento de Winny, minha irmã mais velha.
Eu e minhas outras três irmãs — exatamente, meus pais não tinham televisão — deveríamos ser damas de honra, e os noivos deveriam escolher casais já casados e que pudessem abençoar o seu casamento, mas minha irmã, sendo a primeira a casar de toda a escola e tendo uma família praticamente toda feita de casais divorciados ou que moram muito longe para cogitarmos convidá-los, se obrigou a transformar minhas irmãs e eu em madrinhas e arranjar pares para nós.
Acontece que nenhuma das minhas irmãs quis quebrar a tradição. Só aceitariam o convite se fossem de fato casadas, tinham medo de mudar o costume e serem presenteadas com azar em seus próprios casamentos. Desta forma, a única a aceitar ser madrinha da minha irmã fui eu, que não me importava com superstições e muito menos com casamentos. As outras foram damas de honra e tudo correu perfeitamente no casamento de Winny.
Meses depois, foi a vez de Becca casar às pressas por estar grávida, mas Winny já estava casada, então ela foi madrinha e me deixaram como dama.
O casamento de Becca foi um fiasco.
Uma tempestade destelhou a igreja inteira, molhando todos os convidados. A maioria foi para casa deixando minha irmã arrasada na recepção.
Depois, Lucy casou, mas estava brigada com Winny e não queria magoar Becca chamando-a para abençoar seu casamento quando o dela foi horrível, então lá fui eu novamente. O casamento, segundo elas, foi perfeito.
Neste meio tempo, Irene, nossa prima, casou e colocou Winny e Lucy para madrinhas, e eu e as outras como damas de honra. O casamento não durou dois meses. O marido fugiu com outra.
Então a minha última irmã, Anne, notou o padrão e me colocou para ser sua madrinha junto com Eli, nosso primo mais gato. Seu casamento foi perfeito, lindo, sem qualquer problema, e o proprietário do salão de festas acabou não cobrando as horas excedentes da recepção. Pronto. Eu me tornei a fada madrinha dos casamentos.
Winny acreditou em Anne e espalhou a notícia. De repente, o próprio Eli estava casando e mandando sua esposa dispensar a sua madrinha para me colocar no lugar porque queria sorte em seu casamento. A notícia se espalhou por nossos amigos em comum, e mesmo quem eu não encontrava há anos me convocava para ser madrinha, sem poder dar um não como resposta. Minha mãe sequer me deixava recusar. Ela acreditava que eu poderia arruinar um casamento se me negasse a ser madrinha de alguém.
Quando Vestida Para Casar passou em um canal da televisão a cabo durante um almoço de família, eu não tive mais paz.
“Você deveria guardar seus vestidos também, Amy”, Becca brincou.
“Sim, talvez lhe tragam sorte e você consiga um bom casamento!”, mamãe emendou em seguida.
Então sim. Existe uma tradição de casamento em minha cidade.
Algo velho...
Algo novo...
Algo emprestado...
Algo azul...
E Amelia Fergus.
Apenas para deixar claro, eu continuava odiando a Katherine Heigl.Tudo bem, não tanto.Minha rebeldia a respeito de casamentos acabou. Bem, tinha que acabar. Afinal, quando Jen e Luke estavam completando um ano de casamento, Joshua estava me pedindo para casar com ele. E mais seis meses depois, eu estava com Della, minha dama de honra, e minhas irmãs como madrinhas enfileiradas em nossa frente para sairmos do salão da senhora Kato em direção ao chafariz. É claro que a cerimônia seria lá. A festa seria na parte interna do salão.As velas foram acesas, e um gazebo de bambu retorcido repleto de pequenas flores e lâmpadas foi colocado na frente. O cenário ficou maravilhoso.Todos os nossos amigos e familiares estavam lá. Jenna e Luke, Lindsey e Went, Lorenzo, meu querido amigo, e sua Evelyn, que por sinal foi companheira de trabalho de Josh e a garota que acendeu as velas que a
Meu corpo todo travou. Eu me mantive de costas para ele, tentando assimilar suas palavras.Ele me ama?— O que disse? — perguntei por precaução.— Eu disse que amo você, Amelia. Loucamente.Virei vagarosamente para encará-lo. Josh tinha seus braços abertos enquanto falava.— Tão loucamente, que eu escondi isso para não te assustar. Mas eu me apaixonei por você naquele cais. Naquela sessão de amassos durante a madrugada.Seus braços caíram e suas palmas bateram em suas pernas enquanto ele desviava seu olhar para as ondas do mar.— Eu sei. Que homem se apaixona à primeira vista? Eu não sei, culpe o maldito chafariz da senhora Kato, dizem que dá sorte de qualquer forma. O fato é que eu não consegui tirar você da minha cabeça.Seus olhos voltaram a me fitar, mas ele n&atil
Olhei para ele, incrédula. Se a menina não era sua filha e Libby não era a sua esposa... O que tudo aquilo significava?— Mas... Mas eu vi o dia que você estava abraçado com Libby enquanto ela chorava e dizia que estava com saudades. Hoje mais cedo você estava insistindo para ela assinar os papéis e disse que “papai também ama”... Eu lhe perguntei e você disse que ela era ninguém, Josh! — exclamei, furiosa. — Por que não me disse?— Eu tentei! — gritou. — Liguei para você, você não atendeu. Deixei recado no seu correio de voz dizendo que queria contar tudo!— Você teve a chance de me contar quando eu perguntei. Mas preferiu dizer que ela era ninguém. Por quê? Por quê? — rebati aos berros.— Porque eu tive medo do que você pensaria de mim! — gritou de volta.<
Algumas manhãs depois, acordei com sussurros de Josh ao telefone. Seu apartamento era pequeno, o quarto era separado da pequena sala integrada na cozinha, mas eu conseguia ouvi-lo de qualquer forma.Levantei e fui até a porta, tentando não fazer nenhum barulho. Era errado o que eu estava fazendo? Sim! Era. Mas não consegui evitar. Especialmente porque Libby continuava vindo em minha mente. Sempre que estávamos no Sea para alguma apresentação, Josh ia para a sala dela e ficava por pelo menos dez minutos e voltava tenso.Em todas as vezes.— Bem, diga a ela que o papai também a ama. Que sempre a amará. — Seu tom era baixo, porém ríspido. — Mas você precisa dizer a ela a verdade, Libby, não continuarei mentindo para Mina cada vez que nos encontrarmos. E você precisa assinar os papéis. O prazo se esgotou.Mina?Pap&eacut
Eu não sabia dizer se as coisas entre Josh e eu estavam indo rápido ou devagar demais. Para mim, tudo estava indo de forma natural, estávamos saindo há três meses, mas não havia rótulos e sequer falávamos sobre isso. Nossos horários não eram lá muito compatíveis. Eu trabalhava em horário integral de segunda a sexta na escola, Josh trabalha de sexta a domingo como garçom em eventos ou tocando em bares, às vezes nas quartas-feiras também.Nós sempre arranjávamos um jeito de nos encontrar, saíamos para passeios, jantares, eu o acompanhava até seus pequenos shows nos bares, inclusive no Sea. Ele continuava a se esgueirar para a sala dos fundos ou para conversar com a tal de Libby sempre que estávamos lá, mas ela nunca saiu ou deu as caras no bar. Joshua geralmente voltava um pouco tenso depois que saía de lá e levav
— Caramba! Você é muito preguiçosa. Vamos! Acorde, Amy. Já passa das onze. — Ouvi a voz baixa de Josh sussurrando enquanto distribuía beijos por minhas costas nuas.— Hum... Bom dia. Eu gosto disso. Mas não sou preguiçosa, é sábado — respondi, me virando, o rosto de Josh estava em meus seios. Com um sorriso, começou a beijá-los. — Josh... — murmurei, levando as mãos em seus cabelos.— Eu sou totalmente a favor de ficarmos na cama o dia todo, mas precisamos nos alimentar, por isso acordei você. Estou com fome, e a noite eu tenho que tocar em um bar na cidade vizinha — explicou entre os beijos deliciosos que dava.— Tudo bem, mas se você continuar fazendo isso, não sairemos — afirmei sem nenhuma convicção, estava totalmente bem em não sair para comer. Quem precisava de comida?
Último capítulo