Por quê?
Por que, justo naquele momento em que ele disse aquela maldita frase, as pernas dela estremeceram?
Que tipo de poder aquele homem tinha sobre ela, que bastava abrir a boca para bagunçar tudo?
Era como se ele soubesse exatamente qual corda tocar, qual brecha alcançar, e, pior… como fazê-la perder completamente o controle.
Enquanto continua processando as palavras dele, sente a pressão suave dos dedos de Hector apertando um pouco mais sua mão. O olhar dele continua firme, mas agora há algo mais ali… uma urgência contida, um desejo cru, misturado com algo que não sabe nomear, mas sente.
Ela abre a boca para responder, mas ele não dá espaço. Em um impulso cheio de certeza, Hector se inclina e a beija.
Dessa vez, ferozmente. Como se o tempo perdido e os sentimentos sufocados estivessem todos ali, empurrando um contra o outro. Ava, por um segundo, resiste. Mas então sente o corpo ceder, a respiração acelerar, e as mãos, por conta própria, se enroscarem no colarinho da camisa del