Enquanto dirige em direção à casa dos pais, Ava sente o coração bater tão forte quanto o de uma criança que ficou perdida e agora estava voltando para casa. Cada quilômetro percorrido parece apertar mais o peito, como se a ansiedade ganhasse peso dentro dela. Suas mãos firmes no volante demonstram o quanto está nervosa.
Ela respira fundo, tentando manter o controle. Era aquilo que esperou durante semanas. Meses, na verdade. Rever os pais, contar que estava viva e pedir desculpas por tudo o que aconteceu. Mas, agora que o momento se aproxima, o medo toma conta; medo do julgamento, da decepção, ou pior… do olhar partido daqueles que ama.
“E se eles não me perdoarem? E se já for tarde demais?” — pensa, enquanto observa pela janela o céu que começava a escurecer.
No entanto, ela recua aquele pensamento, sabendo que, independente do que acontecesse, tentaria fazer o que era certo.
“Não posso desistir agora”, não quando já avistava as luzes da entrada da casa dos pais.
— Por favor, Deus… me