Alguns meses depois.
— Como estão os bebês, doutor? — Ava pergunta, ajeitando-se na maca com certo esforço, enquanto o gel do ultrassom ainda esfria sua barriga já enorme. A consulta daquele dia poderia ser a última antes do parto.
— Estão muito bem — responde o médico, sorridente, com os olhos atentos ao monitor. — Crescendo, fortes e saudáveis como o esperado.
— Eu sinto que vou explodir a qualquer momento — brinca, com um meio sorriso. Mesmo que houvesse um pouco de exagero, havia também uma pontinha de verdade em sua fala. Carregar dois bebês não era tarefa simples.
— Nós já marcamos a cesariana, mas como eu te disse antes, esses pequenos podem decidir dar as caras a qualquer momento — explica o médico com paciência e um olhar acolhedor. — Gêmeos costumam ter vontade própria.
Ava solta um suspiro.
— Estou tão ansiosa… — confessa ela, olhando para a imagem dos filhos no monitor, como se tentasse captar cada detalhe de seus pequenos rostos.
— Sei exatamente como se sente, Ava. É tot