Quando está prestes a dar partida em seu carro, Ava nota um veículo estacionando algumas vagas adiante. Reconhece imediatamente: é o carro de Doris. Instintivamente, observa com discrição enquanto a mulher desce, com uma expressão visivelmente abatida.
“O que será que ela está fazendo aqui?” — pensa, surpresa, lembrando-se de como era raro Doris sair de casa.
Tomada por uma curiosidade difícil de conter, Ava desce do carro e, mantendo certa distância, decide segui-la. Vê Doris entrar no elevador e rapidamente presta atenção ao número do andar em que ela para. Quando o elevador retorna, ela entra e aperta o mesmo botão.
Ao sair, percebe que está no andar de internação. Com o coração acelerado e um pressentimento incômodo, aproxima-se discretamente do balcão de informações.
— Boa tarde… — diz, tentando soar casual. — Você poderia me informar para onde foi a senhora que acabou de sair do elevador?
— Boa tarde — responde a recepcionista com um leve sorriso. — Está falando da Dona Doris, c