Assim que atravessa a porta de vidro da empresa de Hector, Ava caminha em passos rápidos até o veículo estacionado em frente, onde sua mãe a aguardava. Entra em silêncio, e Rafaela percebe de imediato que algo não estava nada bem.
— O que houve, filha? — pergunta, preocupada, observando o semblante fechado da jovem.
— Nada, mãe — Ava responde rapidamente, desviando o olhar.
— Achei que você fosse demorar mais um pouco.
— Pois é... mas o Hector estava ocupado em uma reunião muito importante. Não quis atrapalhá-lo. — murmura, forçando um sorriso, mas sentindo a garganta apertar.
— Compreendo… E como faremos com seus documentos? — Rafaela insiste, notando o nervosismo no rosto da filha. — Você chegou a falar com ele?
— Pedi à secretária que desse o meu recado — mente, engolindo em seco ao se lembrar da cena que acabou de presenciar: Hector e a secretária… no mesmo lugar onde, horas antes, haviam feito amor.
O estômago se revira, mas ela permanece firme, com os olhos fixos na rua à frente